"As impossibilidades humanas são as oportunidades de DEUS". (Alejandro bullón)


A Grama do vizinho é sempre mais verde?

A Grama do vizinho é sempre mais verde?

“A Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.”   (Exodo 20:17)

“O cobiçoso cobiça o dia todo, mas o justo dá e nada retém”.   Provérbios 21:26

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” (Salmos 139:23 e 24)

 

 

Desde pequenos somos influenciados pelas expectativas que as pessoas criam a nosso respeito. Na nossa casa, na escola, na igreja, desde pequenos nos encaixamos nos padrões pré-fixados de comportamento. Sofremos comparações com as outras pessoas: olha o fulano, olha o cicrano. Simplesmente a sociedade acredita que fazer comparações com os outros, favorece a busca do padrão de melhoria e sucesso.

 

E assim seguimos na vida acreditando que temos que sempre nos guiar pelo que os outros estão fazendo, nos comparar com seus ganhos, suas aquisições, com o padrão de sucesso pré-estabelecido e dentro de nós vamos inconscientemente acreditando que “a grama do vizinho é sempre mais verde”, como sempre dizem os livros de auto-ajuda.

 

O fato é que a maioria dos seres humanos não leva em consideração suas próprias características, aptidões e não percebe que ninguém é igual à ninguém. Passam a vida lutando por metas e projetos de cunho profissional, material ou estético, que nem sempre são coerentes com aquilo que eles acreditam ou mesmo desejam. São empurrados pra isso por apelos da mídia, da sociedade,  da família e dos amigos. O que acaba acarretando ansiedades e frustrações.

 

Uma dessas frustrações geralmente acontece quando as pessoas escolhem suas profissões pra corresponderem à expectativa dos pais ou de amigos, passam a vida frustrados por não  fazerem o que gostam, nem o que lhes dá prazer e onde poderiam ter mais sucesso, se ouvissem os seus corações.   

 

E o que dizer da busca pelo sucesso profissional a todo vapor, da competição no mercado de trabalho. Hoje em dia por conta da grande concorrência do mercado de trabalho, desde cedo as crianças são jogadas em escolas em tempo integral, onde perdem o convívio com os pais e com a família, tão importantes pra formação do aspecto emocional e do caráter da criança.

 

 

O auto padrão de beleza exigido de beleza, tem feito com que as pessoas fiquem escravizadas, fazendo cirurgias plásticas como se trocassem de roupa, vivido nas academias, e o que acho mais perigoso ainda, escolhido seus relacionamentos com base em fatores apenas estéticos, quando que os principais valores do ser humano não encontram respaldo na beleza exterior.

 

Não queremos dizer que a beleza e o sucesso não sejam importantes, mas o que torna todo o cenário preocupante, é que em função dessa inversão de valores, muitos têm adoecido por não conseguirem se adequar a esse padrão imposto pela sociedade. Pessoas têm perdido suas vidas por causa de transtornos alimentares, como no caso da anorexia, bulimia e depressão..

 

Uma vez num sermão um Pastor fez uma colocação bastante interessante. Ele falou que tem uma carro que ele gosta demais. Um carro bonito, novo, com um ótimo motor e que tem tudo o que ele precisa pra ser feliz.  Que o carro dele só perde o brilho quando no trânsito,  ele pára ao lado de um carro mais bonito e mais novo, mais possante e mais moderno. Daí ele terminou dizendo que infelizmente quando comparamos as nossas coisas, as nossas vidas com as dos outros, entramos num círculo vicioso onde seremos eternamente insatisfeitos e perderemos a referência do que realmente nos faz felizes.

 

Isso é uma realidade. A onda do consumismo, da beleza, da luta pelo sucesso têm nos tornado cativos. Já não sabemos mais o que queremos, o que nos faz felizes. Se a maioria de nós, por um momento, voltar sua mente ao passado concluíra que éramos bem mais felizes quando a vida era mais simples, quando não tínhamos tantos projetos, quando brincávamos na rua de queimada, de vôlei, de patins, quando não precisávamos provar nada pra ninguém.

 

Nesse aspecto, me recordo de uma palestra que assisti de um pregador americano. Fiquei muito impressionada com suas palavras. Ele se referia justamente ao vazio que temos  por sempre queremos fazer mais, sermos mais pra nos sentirmos importantes. Por um momento ele nos fez pensar, imaginar o momento do nosso nascimento. Ele disse: “pense no dia que você nasceu. Você não trouxe nada consigo. Veio nu e de mãos vazias. E mesmo assim foi o dia mais importante pros seus pais, eles te amaram, sem receber nada em troca. O amaram simplesmente pelo fato de você ter passado a existir em suas vidas. Então porque você acha que tem que dar algo ou ser alguém importante pra ser aceito ou valorizado? Ele terminou dizendo: “Pense no amor incondicional, intransferível que seus pais tem por você. Agora imagine o amor de Deus que é muito maior, que te deu a vida que é a coisa mais importante. Imagine o quanto você é especial, insubstituível.”

 

Queridos, a minha mensagem de hoje é essa. Que nós somos muito amados, simplesmente por existirmos. Não precisamos provar nada pra ninguém. Que possamos exercitar a arte de sermos felizes com aquilo que temos e somos.

 

Uma das grandes lições que o Meu Vô Jerônimo me deixou, foi a de sempre valorizarmos as coisas que tínhamos, não importasse o valor. Ele tinha um fusca vermelho já um pouco antigo. Na época não existia seguro pra carro, nem alarme, nada disso. Ele amarrava o carro na árvore com uma corrente pra não ser roubado e sempre dizia: “o meu carro é o melhor carro”.

 

Eu trouxe isso comigo e a despeito do auto clamor de consumo, procuro valorizar tudo o que tenho e o que sou, por mais simples que possa parecer, e ofereço a Deus a minha vida e minhas habilidades, pra que eu possa do jeito que sou e com o que tenho, colher bons frutos.

 

Acho que só seremos realmente felizes se valorizarmos aquilo que temos e o que somos, sem olharmos ao nosso redor e isso é um exercício diário.

 

Jesus foi um exemplo de desprendimento. De um ser humano que nasceu numa família simples, onde ele trabalhava com seu pai numa marcenaria. Não existe um só relato bíblico onde mostre Jesus insatisfeito com a sua vida, ou que tenha tido grandes ambições, além da pregação do evangelho, ou que  competisse com as pessoas pra que fosse reconhecido como Senhor e Salvador. Jesus é o nosso maior exemplo de que a felicidade a gente busca num relacionamento diário com Deus, através de uma modificação da mente, do coração e do próprio caráter.

 

Por isso sempre peço a Deus que como um ser frágil e humano que sou, Ele sonde os meus pensamentos e os meus sentimentos pra que eu seja feliz, sem me contaminar com as cobranças e padrões externos, e pra que eu, ao invés de achar em qualquer momento da vida que a grama do vizinho é mais verde, cuide com carinho da minha própria grama.

 

 

Hoje esse é o meu desejo e minha oração pra todos  vocês, meus amigos!

 

 

Bianka Lorena


Comentário

Data: 17-05-2012

De: Georgia Trentin

Assunto: Ilusao Moderna

Infelizmente nos iludimos que o do "outro" e melhor ou mais bonito e nao imaginamos que as pessoas pensam o mesmo de nos. Precisamos tomar Jesus como exemplo como Bianka citou em seu artigo para termos uma qualidade de vida melhor e sem rotulos.

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